formação do rebanho
O rebanho da Fazenda Bacuri originou-se na Fazenda Cabeceira do Buriti, em Colômbia, SP, onde Gabriel Alexandre Peixoto da Silva e Maria de Lourdes Seraphico Peixoto da Silva começaram a criar gado anelorado, por volta de 1980. Em meados dessa década, adquiriram touros Nelore, mochos, de Chiquito Costa, do Condomínio Amendola, de Lílian Chateaubriand e de Tonico Carvalho, para melhorar o rebanho.
Posteriormente, a criação expandiu-se na Fazenda Bacuri, em Barretos, SP, já sob a administração de Gabriel Luiz Seraphico Peixoto da Silva e de Maria do Carmo Peixoto da Silva, formando-se um núcleo PO, com a aquisição de touros e matrizes Nelore, mochos, de Frederico Chateaubriand e de Abdo Suleiman, e aspados, de Rubico Carvalho e de João Z. F. Velloso Neto.
A partir de 1995, todo o rebanho passou a ser geneticamente avaliado pelo PMGRN / USP, atualmente conduzido pela ANCP, sob comando do Prof. Raysildo Barbosa Lobo, e selecionado com rigor, focalizando-se sempre a fertilidade e eficiência das matrizes e o ganho de peso dos animais jovens.
Com base nesses critérios, as fêmeas da cabeceira do gado comercial passaram a ser registradas em livro aberto pela ABCZ, para expandir o núcleo PO.
O ano de 1998 marca o início da seleção para precocidade sexual das fêmeas, desafiadas a emprenhar cedo, para parir entre 24 e 30 meses. Essa seleção tem sido feita monitorando-se sua capacidade de permanência no rebanho. Em outras palavras, precocidade e longevidade são ambas consideradas virtudes.
A inseminação artificial começou a ser utilizada em 1999; desse ano em diante as fêmeas em reprodução têm sido cobertas com bons touros, ou inseminadas com touros provados do topo do SUMÁRIO do PMGRN (Siso de FC, Hasik ESL, Lorkan ESL, Diago de CV, Zefec Abdala, Onassis COL, Quark COL, Ranger COL e Rambo da MN). A cada ano, cerca de 10% delas também têm sido inseminadas com touros jovens, da Reprodução Programada do PMGRN, visando acelerar o progresso genético do rebanho.
Em 2003, teve início o melhoramento das características de carcaça, com base em medições da área do olho do lombo e da espessura da gordura subcutânea, por ultra-sonografia, feitas pelo Prof. Mario Arrigoni, da FCA / UNESP Botucatu, trabalho que teve seguimento com o Dr. Fabiano Araújo, da AVAL.
Também em 2003, a Dra. Roberta Gestal de Siqueira iniciou o trabalho de avaliação morfológica dos animais, através de um sistema de escores visuais que posteriormente foi ajustado aos padrões da BrasilcomZ.
Em 2005, além da genética quantitativa começou a ser utilizada a genética molecular na seleção do rebanho, com know-how da Excegen Genética; esse trabalho pioneiro foi temporariamente interrompido e retomado em 2014, com tecnologia Zoetis, em caráter experimental.
Em 2007, para atender alguns clientes e também para ampliar os recursos genéticos, iniciou-se a formação de um núcleo de Nelore padrão, com touros adquiridos da Fazenda Mundo Novo (Lemgruber) e do Rancho da Matinha.
Em 2010, com o objetivo de aumentar a freqüência de gens para precocidade sexual no rebanho, foram produzidos os primeiros embriões, utilizando oócitos de matrizes de famílias precoces do plantel e sêmen de touros comprovadamente transmissores dessa característica. Para assegurar a esses embriões condições de desenvolvimento adequadas, isto é, bons úteros e úberes Nelore, foram utilizadas receptoras registradas, multíparas, da própria fazenda.
Em 2014 deu-se início à seleção para eficiência alimentar, em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia, com o envio de dois machos para a prova de desempenho a pasto, seguida de prova em confinamento.